No dia 12, o canal da TV Câmara Taubaté no Youtube foi reativado. O acervo estava fora do ar desde junho, quando a plataforma de vídeos suspendeu o canal como punição por um vídeo com referência à vacina contra a covid.
Apesar da suspensão, o canal continuou com as transmissões ao vivo, e apenas o repositório deixou de ficar disponível durante esses quase quatro meses. O canal da TV Câmara Taubaté no Youtube foi lançado em março de 2014 e está na marca de seis mil vídeos postados, com mais de 434 mil visualizações. Atualmente, quatro mil pessoas estão inscritas no serviço.
“As diretrizes do Youtube são claras quando dizem que debates políticos, científicos ou educacionais são permitidos na plataforma. Assim, não vimos razão para que o canal fosse cancelado, ou os vídeos fossem suspensos, e acionamos o Youtube, que reconheceu nosso argumento e liberou o canal”, diz o diretor de Comunicação da Câmara, Júlio Rocha.
Em abril, o Youtube tirou do ar o vídeo de audiência pública conduzida pelo vereador Alberto Barreto (PRTB), sobre vacinação contra a covid. No final de maio, a plataforma suspendeu o canal da TV Câmara Taubaté ao identificar um vídeo de 2021, no qual a vereadora Vivi da Rádio (Republicanos) questionou a obrigatoriedade da vacina. A Câmara recorreu junto à plataforma, antes que o Youtube apontasse uma terceira irregularidade e cancelasse definitivamente a página.
No dia 27 de abril, o Plenário aprovou uma moção de repúdio ao Youtube, apresentada por Barreto. “A ferramenta Youtube é utilizada para disponibilizar à população o que é discutido e debatido dentro desta Casa de leis, ferramenta utilizada pela população como forma de fiscalizar as ações de seus representantes, concordando ou discordando. Portanto, quando a empresa deleta o vídeo da plataforma, ela retira o poder da população de tomar ciência do que seus representantes eleitos debatem no âmbito do município. Assim, o Youtube não só censura esta Casa, seus vereadores e especialistas, bem como também toda a população”, diz trecho da moção.
Em agosto, por meio de advogados, a empresa se manifestou em resposta à moção. “Finalizadas as investigações acerca da conformidade dos vídeos, verificou-se a ausência de violações às políticas e diretrizes da plataforma Youtube, o que viabilizou o seu restabelecimento, em total acordo com as previsões dos termos de serviço do Google”, conclui o documento.
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