• Noeli Toledo, Alessandra Dias, Amanda Migotto, Adriana Mussi, Moises Pirulito, Isildinha Muradas, Cap. Danielle, Rodnei Monteiro - Fonte: Fernanda Maria

Em audiência realizada na Câmara de Taubaté no dia 11, a escritora Isildinha Muradas afirmou que 80% dos casos de abuso infantil acontecem dentro das famílias, com base nos estudos que realizou para escrever uma obra a respeito, “O diabo quer roubar, matar e destruir as crianças – mas você pode impedir isso!”.

A audiência, que debateu o tema abuso e exploração de crianças e adolescentes, foi sugerida pelo vereador Moises Luciano Pirulito (PL), em requerimento assinado em conjunto com Rodson Lima Bobi (PSDB). O evento teve duas etapas: no período da manhã foi presidido pelo vereador Pirulito, e à tarde, por Serginho (Progressistas).

Isildinha ressaltou que o Disque 100 facilitou o acesso das crianças ao serviço de denúncias, porém, os dados mostram que apenas 6% dos registros são apresentados por elas, enquanto 94% são feitos por adultos, um indicador que pode mostrar o receio dos menores em denunciar os abusadores.

Diretora do Departamento de Enfrentamento de Violações aos Direitos da Criança e do Adolescente, do Governo Federal, Maria Leolina Couto Cunha relatou que o Disque 100 recebeu, em 2021, cerca de 100 mil denúncias, das quais 12.597 são de estupro de menores e 2.769 de exploração sexual. “Para cada caso de abuso que chega na rede, 20 casos deixam de serem demandados”, afirmou.

Em 18 de maio acontecerá, na praça Dom Epaminondas, o “dia D” de combate à exploração e abuso sexual, e a vice-prefeita Adriana Mussi convidou a população a participar dessa mobilização. Ela incentivou a discussão de educação sexual nas escolas, assim como a conscientização das pessoas quanto à importância de denunciar casos suspeitos.

Nessa linha, a capitão da Polícia Militar, Danielle Miranda, acrescentou: “Todos somos responsáveis pela segurança pública, temos que ter mais empatia, nos preocupar com o outro”, uma referência à necessidade da vizinhança se atentar às crianças e moradores que possivelmente possam estar sendo vítimas de familiares.

A diretora de Assistência à Saúde, Diana Moraes, apresentou números da realidade local. Segundo o levantamento, em 2019 houve 80 casos de pessoas do sexo feminino que passaram por investigação de violência, além de dez do sexo masculino. Em 2020 os números foram, respectivamente, 40 e 13; em 2021, 76 e seis; e em 2022, 16 e dois, até o momento. Além de os casos ocorrerem com mais frequência com mulheres, eles identificaram que as de etnia branca estão entre as que mais apresentam denúncia.

Os participantes frisaram a importância de se criar a terceira unidade do Conselho Tutelar e aumentar os Creas e Cras, da qualificação e formação continuada dos profissionais que trabalham na educação, segurança, acolhimento e atendimento médico relacionados às vítimas, além do empenho dos vereadores para assegurar recursos no orçamento para as políticas infantojuvenis.

Participaram dos debates os vereadores Adriano Coletor Tigrão e Elisa Representa Taubaté, do Cidadania, Alberto Barreto (PRTB), Marcelo Macedo e Paulo Miranda, do MDB, Richardson da Padaria (União), Serginho, Talita Cadeirante (PSB) e Vivi da Rádio (Republicanos).

Assista aos vídeos completos das audiências no canal da TV Câmara Taubaté no Youtube, www.youtube.com/tvctaubate, com a participação de outros agentes especializados no assunto.


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